sexta-feira, 22 de março de 2013

No tom de Tom

Onti ocê lembrou d'eu. Onti ocê lembrou do nosso carnaval. E eu jurando que tava com raiva d'ocê. Foi só ocê vorta com tua sina fasceira eu fiquei tal qual moça de quermesse. Tá. "Quanto ao pano de confetes, já passou meu carnaval... Meu amigo. É assim que te quero lembrar. Creio que não haverá outros carnavais como o nosso... só quero lembrar de coisa boa. Só quero lembrar daquele beijo...daquele toque...daquela música...daquele olhar...daquela briguinha...daquele banco...daquela árvore...daquela praça hahahahaha...daquela baderneira de estudante...daquele teto...daquela janelinha...daqueles raios de sol invadindo a janelinha...daquele verde nos olhos teus...daquela música...daquele ingresso...daquele amigo...daquela amiga...daqueles dois...daquela índia...daquele hotel...ahhhh...o pior de todos os hoteis hahhahahaha...daquela pousadinha do Bruno...daquela senhora receptiva...daquela rodoviária...daquele teu cabelo...daquela sisterna que serviu de casa também...daquela pia hahahahaha...daquele endereço...daquele ginásio...daquela música...daquele Flamboyant lindo na sacada...daquela noite...ahhhhh...daquela noite...daquela chuva meu amor...daquela música...daquele choro...daquele assento na rodoviária...das nossas mãos...estranho seria c'eu não me apaixonasse por você...e não me arrependo...e não me arrependo...e hoje...depois de outros carnavais...cá estamos nós...cá esta a letra da canção do Tom c'ocê me enviou..."Eis aqui este sambinha feito numa nota só.Outras notas vão entrar, mas a base é uma só. Esta outra é conseqüência do que acabo de dizer. Como eu sou a conseqüência inevitável de você. Quanta gente existe por aí que fala tanto e não diz nada, ou quase nada. Já me utilizei de toda a escala e no final não obrou nada, Não deu em nada. E voltei pra minha nota como eu volto pra você. Vou contar com uma nota como eu gosto de você. E quem quer todas as notas: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó. Fica sempre sem nenhuma, fique numa nota só." Muito lindo. Obrigada.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Assa-peixe

Como aquele assa-peixe do campo, eu preciso do Sol. Preciso também daquelas águas tímidas que nem barulho fazem, pois possuem melodia de abraço. Preciso daquele dia nascendo em cima da minha cabeça de novo, com sabor de café com queijo. Preciso daquelas poesias doces da gente sabida de Goiás,  daquela caneca simples que tem cheiro de roça, daquele céu azul de América do Sul. Quero andar descalça naquela terra amarela, pois tenho que colher as florzinhas amarelas da lobeira, quero sair correndo e cantarolando sem que ninguém me veja, sem que ninguém me impeça. Quero gritar "Bom dia Muuuuuuuuuuuuuuundo!!!" todo dia de manhã. Quero me mandar calar para poder escutar o canto do passarinho. Quero pegar todas as pedrinhas em forma de coração que ver no cascalho, quero pegar também as folhinhas de boldo de mesma forma e guardar no meu caderno, trazê-las para Goiânia. Peraê qu'eu to chegando...

Meu continente ao revés

Você me adentrou, e varreu as lembranças do meu passado. Passado? Hã? Só existia você, meu amor, só existia aquele teu cabelo de doido, aquela tua sina de maluco, aquela tua voz de bêbado, aquele teu olhar que me embriagava, e me deixava igualmente doida, maluca e bêbada...foi um sonho, e ninguém me beliscou...veja bem, meu bem, eu brinquei com a sinceridade, queria um filho teu, uma vida tua, seu nome, que loucura olha só...olha só... moreno...do cabelo todo enroladinho...deix'eu amar ocê nos sonhos meus? Porque cantastes para mim...tão pertinho assim? juntinhos, sem caber de imaginar, até o fim raiar, até o mundo acabar, até o juízo final, até a cura do mal, até o jogo da velha ser jogado com coração e florzinha, chega de X e bolinha -olha só que gracinha...eis então você, me acariciando com palavras, toques, músicas...me chamastes de fada, fadinha medrosa, de menina bordada de flor...a gente se encontrava nos sonhos...psicodélicos...esotéricos...pirotécnicos...peguei carona contigo...e contigo viajei pelas estrelas...pelo reino das fadas...e de outras criaturas incríveis...contigo viajei pro mundo dos sonhos...você foi o sonho mais real que tive...o mais real de todos...eu peguei carona nesta hora, pra te acompanhar...ser tua fada...Iaiá, se eu pequei foi na vontade, de te amar de verdade...pois é que assim, em ti, eu me atirei...e fui te encontrar...pra ver s'era real...Depois de ter vivido o óbvio, utópico...te beijar...te beijar tinha gosto de poesia...a poesia da tua boca passava pros lábios meus...e eu devolvia para os teus...depois a buscava novamente...beijando os lábios teus...norte...sul...leste...oeste...meu mundo pra você...depois de ter brincado sobre a sinceridade...e dizer quase tudo quanto fosse natural...qu'eu te olhando via um convite pro mundo dos sonhos...pro qual peguei carona com você...pro qual você me apresentou tão bem...e agora o que sobrou??? Um filme no close pro fim...eu já posta em meu lugar...num continente ao revés...esperando você vir me buscar de novo...eu só são sei por quanto tempo eu vou ficar...aguentar...sem ver você...meu bem...meu bem...meu bem...meu bem...meu bem...meu bem...meu...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quand'ocê me lembra...

Quand'ocê me lembra...qu'eu não existo só aqui...qu'eu consigo fazer ocê...esquecer daqui...quando a gente não tá mais aqui...quando o aqui já não existe mais em nós...e nossos instintos não são nada fisiológicos...ilógicos...nós dois juntos...nada racionais...nada normais...somos iguais...eu sou você...eu sou você...é só o que sou...só...somente Sol...Lua...e um solar onírico do entardecer mais belo...tocam todos os sinos da capela...às 18 na tardinha...ó dona mocinha...já começou a novela d'ocê...não é dia...nem noite...espetáculo no céu...o amor está ali...naquela transição...trança...a noite se borda no dia...e os dois se completam...formando o mais belo espetáculo do universo...uno...me canta...me encanta...não há dia...não há noite...de tarde eu vir'ocê...vira eu...vira qu'eu gosto de virar ocê...Ah...amoras e amores...

E se doer demais...

Certa vez li que o medo só atrai o que se receia...não digeri bem a frase...mas para mim, o pior tipo de medo é o medo do futuro...o futuro-novamente confesso- é o que mais me desperta sentimento de medo...futuro...não o tenho em minhas mãos...tenho tijolinhos coloridos...com os quais irei delicadamente lhe compor...e se depender de mim...você será todo amor...com pedrinhas...com pedrinhas de brilhantes...para o meu...para o meu amor passar...mas gostaria que neste mundo...ninguém tivesse medo ou receio de amar...medo se ser ridículo...parecer bobo...eu perdi essa vergonha um dia aí...quando aprendi a dizer...não somente falar...quando aprendi a dizer às pessoas o que meu coração sente em relação a elas...é difícil...não é "normal" ser sincero e dizer verdades do coração...não é "normal" dar atenção às pessoas...não é "normal" ouvir o que se tem a dizer...não é "normal" querer saber se realmente está-se bem...não é "normal" pensar além do concreto...não é "normal" olhar seu semelhante com amor...não é "normal" desejar o bem a quem não te faz sentir bem...e se for uma pessoa especial...que o acaso -ou o acaso do destino- encaixou no seu quebra-cabeça...aceite...viva o instante...não tenha medo ou preocupações com o futuro...se vai doer ou não...de tanto pensar...cê vai pirar...cê vai esquecer...a vida é um doar-se sem dó...se doar-se doesse,ai que dó d'ôce...doce...tudo é questão de obedecer aos instintos...e se doer demais...é porque valeu!!! é porque valeu!!! é porque valeu!!! valeu a pena meu bem!!!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Quand'ocê canta...

Me faz uma canção, tão antiga e tão bonita, não tem queixa e nem ferida, tua canção, é proteção prá toda a vida, porque cê entende meus sonhos, teu sexo tem o gosto que eu gosto, tua boca, carne, tua saliva, faz a minha carne mais viva...Passado...presente...futuro..

O Sol congelou seu coração...


Barão vermelho

Embriague-se, embriague-se...
De noite ou ao meio dia...
Embriague-se, embriague-se...numa boa...
De vinho,virtude ou poesia...
Embriague-se...Embriague-se!!!